terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cartas de amor 1

Foi simplesmente inevitável
Que me acontecesse o provável
Previamente suspeitável
Mas de forma inconsolável
Meu feriado se foi

Quatro dias de tensão
O medo assolava minha mente
E destemperadamente
Tão desenfreadamente
Meu feriado passou

Passou e
Com toda a simplicidade de uma borboleta
Eu não percebi

E estou
Como uma palavra faltando uma letra
Pois me arrependi

Não imaginava
Que uma noite pelada e contente
Pudesse ser tão deprimente

Ingênuo fui
Pois enquanto olhava a lua
Minha gata beijava outro na rua

Meus olhos se contorciam
O sangue borbulhava como vulcão(ê joão)
Porque aquele mané(ê josé)
Deu-me a vela à mão(ê bundão)

Amanhã não tem feira
Não tem mais construção
Pois a música é outra
E mulher
É o que mais há nesse mundão.

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